Em nota à imprensa, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, criticou a proposta do novo ministro da Saúde, Marcelo Castro, que propôs estabelecer a cobrança da CPMF nas operações de débito e crédito.

“A tentativa de ressurreição da CPMF já é, por si só, um absurdo. A proposta de dupla cobrança é estapafúrdia. A sociedade brasileira não suporta pagar mais impostos e vê, com perplexidade, as barganhas políticas que cercaram a montagem do novo ministério, com a participação de algumas lideranças do PMDB”, afirma Skaf, que é filiado ao PMDB.

“Nada disso ajuda o Brasil a sair da grave crise econômica e política na qual está mergulhado. A sociedade resistirá firmemente à aprovação da medida no Congresso”, completa.

Pela proposta do governo, enviada ao Congresso Nacional, a arrecadação da CPMF seria de 0,2% e cobrada apenas uma vez em cada operação financeira. Os recursos arrecadados serão destinados para cobrir gastos com a Previdência. Já Marcelo Castro propõe que o tributo seja cobrado nas operações de débito e crédito. “Vou dar um exemplo da minha proposta: João dá um cheque a Pedro de R$ 1 mil. Neste caso, 0,20% corresponde a R$ 2. Quanto sai da conta de João? R$ 1.002 [R$ 1.000 para Pedro e R$ 2 para a CPMF]. Então, o governo arrecada R$ 2. Proponho que os R$ 1.000 não entrem totalmente na conta de Pedro, mas R$ 998. Sendo que R$ 2 vão para os governos dos estados e para as prefeituras”, disse Castro.

 

Fonte: Brasil 247 – 06/10/2015.

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